Campanha reivindica isonomia, reajuste salarial, revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações entre outras pautas históricas da categoria.
“Nos chamam de heróis, mas… … não nos recebem para um diálogo, pagam só 40 reais por mês de insalubridade, tratam concursado e contratado de maneira desigual”. O Sindicato dos Médicos da Paraíba (SIMED-PB) decidiu tornar público, através de uma grande campanha, o descaso do Governo do Estado com os médicos, tanto os concursados como os contratados que prestam serviços à população, cerca de 2 mil profissionais. As pessoas vão ter a oportunidade de entender, através das informações veiculadas em outdoors, televisão, site, redes sociais e nas rádios, como os médicos estão sendo tratados pelo Governo da Paraíba. Desde novembro do ano passado, a direção do SIMED-PB tenta um diálogo com o governador João Azevêdo para tratar das insatisfações da categoria médica.
Os profissionais que foram chamados de heróis durante a pandemia, principalmente nos momentos mais críticos, sequer estão sendo ouvidos. De acordo com o sindicato, o governo avançou na negociação salarial com outras categorias, mas com os médicos o que se encontra é apenas o descaso. Desde o início da pandemia, 50 médicos morreram vítimas da Covid-19 na Paraíba e centenas se contaminaram, mas o Governo vira as costas àqueles que estiveram na linha de frente do combate ao coronavírus.
Em janeiro, houve um aumento de 10% no salário dos servidores, mas para os médicos, esse reajuste é válido apenas no vencimento base, ou seja, um médico especialista concursado que recebia vencimento de R$ 1.408,84, passou a receber R$ 1.549,72. O SIMED-PB afirmou que, no caso dos médicos, o vencimento é só uma parcela do salário. Os médicos recebem duas gratificações, uma por insalubridade e outra chamada de adicional de representação, que é o principal valor no salário. Outro ponto que causa indignação entre os médicos é o valor pago de insalubridade: R$40,00 por mês, desde 2003.
Outros pontos
Os médicos também reivindicam a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações, a incorporação, legalização e regulamentação da gratificação de produtividade SUS, e a isonomia salarial entre médicos concursados e contratados. Só para se ter uma ideia, o médico servidor público recebe 50% a menos que um contratado.