Dois médicos foram agredidos em menos de uma semana em instituições públicas da Paraíba nas cidades de Patos e Bayeux.
O caso mais recente aconteceu no último dia 25 de agosto, na Policlínica Benjamim Maranhão, em Bayeux, Região Metropolitana de João Pessoa. Um médico foi agredido fisicamente por um paciente após informar que o atendimento seria suspenso por falta de energia na unidade.
Segundo o relato do profissional, que prestou Boletim de Ocorrência na delegacia da cidade, o agressor o atacou com socos e chutes, além de fazer ameaças. A vítima precisou se trancar na sala e aguardar a chegada da polícia, já que a segurança do local era ineficaz.
Cinco dias antes, no dia 19 de agosto, uma médica foi agredida em uma Unidade Básica de Saúde na cidade de Patos, no sertão do estado. Ela foi atacada por uma paciente que exigia a prescrição de uma medicação. A agressão só parou com a intervenção de um enfermeiro.
O Sindicato dos Médicos da Paraíba (SIMED-PB) se manifestou contra esses dois casos violência em notas de repúdio, ressaltando que esse tipo de situação demonstra a vulnerabilidade e a falta de segurança que os profissionais de saúde enfrentam nas unidades públicas de saúde.
A entidade cobra dos gestores municipais, estaduais e federais a responsabilidade de garantir ambientes de trabalho seguros. “Quase sempre as agressões são motivadas pela falta de condições de trabalho, falta de infraestrutura e ineficiência na gestão dos serviços. Todos os profissionais de saúde e a população que busca atendimento, precisam ter garantias de um ambiente seguro. Estamos preocupados com a escalada de violência que não para de crescer, infelizmente”.
O SIMED-PB pediu a apuração dos dois casos e a responsabilização dos envolvidos.